Os principais riscos de um projeto elétrico mal feito em sua obra

Em obras muito pequenas ele é completamente ignorado. Nas grandes, as falhas podem gerar riscos graves. No entanto, ele é parte integrante da norma técnica NBR 5410 da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) – Instalações Elétricas de Baixa Tensão. Estamos falando do projeto elétrico.

A norma serve para garantir a qualidade e a segurança de instalações elétricas, bem como dos projetos. No entanto, ainda existe muita gente que não segue as regras, o que pode causar prejuízos e até fatalidades.

Isso sem falar no subdimensionamento, que muitas vezes acontece na intenção de economizar em materiais elétricos e que compromete não apenas a funcionalidade da obra, como também a segurança do imóvel.

Conheça os principais riscos de um projeto elétrico mal feito nesse artigo que preparamos para você.

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Os principais riscos de um projeto elétrico mal feito em sua obra

Nem sempre um erro de projeto acarreta em um perigo. Existem também consequências estéticas ou funcionais na obra por conta de um projeto elétrico mal feito. Confira:

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Alturas errada das tomadas

Pode parecer bobagem, mas a altura das tomadas faz toda a diferença em que precisa utilizá-las. Já pensou querer ligar um eletrodoméstico na bancada da cozinha e as tomadas estarem todas próximas do chão? Definir as alturas da tomada é uma questão que pode comprometer o conforto do usuário.

Pois essa especificação quem faz é o projetista e ele deve alinhar o projeto às necessidades de quem irá utilizá-lo, sempre de acordo com as normas vigentes da ABNT.

Uma outra falha que também é comum de acontecer é a falta de tomadas. Hoje em dia, os eletroeletrônicos estão por toda parte e o ideal é que cada um tenha sua própria tomada para não sobrecarregar um único terminal elétrico, colocando em risco os equipamentos e a própria rede. Sendo assim, o projeto elétrico precisa abranger a quantidade de tomadas necessárias.

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Falta de planejamento de cargas

O projetista precisa dimensionar corretamente os circuitos e as tomadas específicas para itens como ar-condicionado, chuveiros, torneiras elétricas e outros eletrodomésticos. Se as tomadas forem subdimensionadas poderão causar uma sobrecarga elétrica, superaquecimento e até derretimento e curto-circuito.

Para isso, os disjuntores precisam ser bem calculados, assim como o quadro elétrico. Além disso, precisa avaliar a necessidade de outros dispositivos como o DR - Dispositivo Diferencial Residual, que é um componente de proteção contra choques, por exemplo.

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Projeto elétrico incompleto

Um bom projeto elétrico possui plantas baixas com os caminhos e dimensionamentos dos eletrodos ou conduítes. Além do memorial de cálculo de cargas e um memorial descritivo com informações técnicas complementares, especificações de materiais e os demais itens necessários à execução da instalação elétrica.

Outra exigência é que o projeto seja muito bem descrito com mínimos detalhes para que não haja erro na execução. A falta de descrição pode ocorrer tanto por conta de profissionais sem qualificação suficiente, quanto por pressa na conclusão do projeto, então é bom sempre observar. Isso já nos leva para o próximo erro:

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Profissionais não habilitados

É claro que um projeto bem feito precisa de um profissional especializado.

No caso de projetos com circuito de alta potência e instalações complexas, somente os Engenheiros Eletricistas tem habilitação para fazê-los. Já os Engenheiros Civis e Arquitetos podem assinar o projeto elétrico de instalação elétrica residencial ou instalações de baixa potência.

Os Técnicos em Eletrotécnica podem também assinar projetos elétricos, desde que tenham uma demanda de energia de até 800kva.

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Materiais inadequados

É verdade que quem compra os materiais não é a mesma pessoa que faz o projeto. No entanto, o projetista pode definir junto do quantitativo, os tipos de materiais que ele deseja que utilizem na obra.

Por isso, mesmo esse erro não sendo específico do projeto elétrico, é algo que gera consequências como fuga de corrente, choque elétrico e até incêndios. Por conta disso, a qualidade dos materiais deve ser sempre ressaltada pelo projetista como parte importante da boa execução do seu projeto e a garantia de não ter uma obra mal feita.

Outra questão é o uso de materiais incorretos. Um exemplo são os cabos PP, paralelo ou torcido que já estão proibidos para instalações elétricas fixas desde 2004, mas que ainda são muito utilizados. É permitido o uso desse tipo de material apenas na ligação de equipamentos eletrônicos e extensões de ligação temporária. Isso porque eles são muito finos e não possuem propriedade antichama, o que pode causar muitos problemas.

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Falta de percepção do projeto elétrico

Muitas vezes por inexperiência do projetista e/ou não observação da planta baixa, o projeto elétrico acaba interferindo na arquitetura.

Como exemplo, podemos citar uma fiação de tomada que desce pela janela ou uma alimentação de luminária pelo piso. Em ambos os casos seria necessário desviar esses eletrodutos, o que causaria um gasto maior de material e mão de obra.

Esse erro pode nem sempre ser culpa do projetista elétrico e sim uma consequência da falta de compatibilização entre os projetos. Essa etapa é fundamental e evita retrabalho, atrasos e mudanças de custos.

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Erro na configuração de softwares

Hoje existem diversos softwares que podem auxiliar na execução do projeto elétrico, de forma otimizada. No entanto, é necessário que o projetista saiba configurar o programa.

Podem acontecer diversos problemas quando ocorre algum tipo de erro na configuração. Um dos exemplos é o balanceamento de fases: o projetista não configura corretamente a divisão das correntes dos circuitos e acaba não projetando circuitos reservas.

Não que isso seja um problema do software, mas sim, da falta de capacitação e experiência de quem está realizando o projeto ou ainda do desconhecimento das normas.

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