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Construção civil pós-pandemia: o que esperar para o setor

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A construção civil é um dos principais setores produtivos do nosso país, visto que muitas de nossas cidades se encontram em constante expansão desde o século XX, o que dá espaço para o amplo crescimento do segmento. Contudo, desde 2020, a pandemia do novo coronavírus tem assustado especialistas e profissionais do ramo. Afinal, o que esperar para a construção civil pós-pandemia?

Com a finalidade de proporcionar um maior entendimento sobre o cenário que virá, preparamos este artigo falando sobre os principais acontecimentos que estão por vim.

Leia e confira!

Digitalização na construção civil pós-pandemia

A digitalização é um processo que já se tornou natural em nossa sociedade. No mercado, não poderia ser diferente, e isso inclui a construção civil. Dessa maneira, é fundamental estar atento a esse processo para não ficar para trás e, mais que isso, adotar uma postura que faça com que a digitalização se torne um diferencial da empresa.

Mas, de que maneira a digitalização está atingindo a construção civil e as suas empresas?

Podemos falar, sem medo de errar: em tudo. Isto é, desde a fase de planejamento, projeto, execução e até mesmo ciclo de vida da edificação. Assim, o processo envolve desde a base da construção até a manutenção das edificações construídas.

Além disso, a digitalização envolve mecanismos que otimizam a construção in loco, como a adoção de QR Code para abertura de plantas técnicas, documentos relativos à segurança do trabalho, entre outros. Sendo assim, a necessidade de acelerar o processo de digitalização na construção civil pós-pandemia é de extrema importância.

Intensificação do home office

O home office é uma modalidade de trabalho (também conhecida como teletrabalho) em que a execução das atividades profissionais é realizada de forma remota. Ela existe desde a consolidação dos computadores, mas foi se concretizando a partir da popularização destes e do avanço de tecnologias como a internet, telefonia, entre outros.

Além disso, é importante destacar que o home office é uma aposta de muitas empresas por ajudar a reduzir custos. Todavia, segundo estudos do IPEA, a adoção do home office ainda é restrita a grandes centros urbanos, e para pessoas das classes mais abastadas da sociedade, o que dificulta a inserção de maior número de empresas localizadas em estados do Norte e Nordeste, por exemplo.

Outro ponto é também a dificuldade de inclusão de profissionais menos qualificados neste modelo de trabalho.

Contudo, com a pandemia causada pelo novo coronavírus, as empresas viram no home office não uma opção, mas uma solução, visto que o distanciamento social passou a ser exigido para diminuir o contágio causado pelo novo vírus. Com o amadurecimento da prática e correção das falhas que limitam sua universalização, o home office tende a progredir ainda mais dentro do mercado da construção civil.

Foco na agilidade

Agilidade nunca foi um problema para as construtoras. Muito pelo contrário. Fazer as atividades de forma ágil é um dos fatores que eleva a produtividade da empresa. E quando falamos de agilidade, não estamos falando da perda de qualidade, mas da combinação de ambos os fatores.

Com o aumento dos cuidados, distanciamento social e aumento do trabalho remoto, muitas empresas passaram a adotar programas para acelerar processos — seja no planejamento, orçamento ou mesmo na execução de obras.

Responsabilidade social e sustentabilidade

Há tempos que o lucro deixou de ser a única preocupação que uma empresa deve apresentar perante a sociedade. Outros aspectos, tais como responsabilidade social e sustentabilidade são critérios exigidos pela sociedade que as empresas contemporâneas devem atender, de modo a contribuir com os valores que são realidade em nosso tempo.

A responsabilidade social e de sustentabilidade passa por diferentes aspectos, que vão desde seguir a atual legislação que trata sobre o tema, quanto para desenvolver soluções à parte para tornar os projetos mais adequados do ponto de vista social — e mais corretos do ponto de vista sustentável. Assim, a empresa consegue ampliar os resultados, inclusive financeiros.

Aliás, esta é uma exigência cada vez mais comum dentro do mercado da construção civil. A existência de selos, como o Selo Azul da Caixa, indica que o mercado caminhará nesta direção.

Processos de construção mais rápidos e seguros

A necessidade de reduzir o desperdício e erros fez com que os investimentos se ampliassem para sanar a dificuldade que as empresas tinham de agilizar processos e manter a segurança de seus colaboradores dentro do canteiro de obras.

Com a utilização do sistema de gestão de obras, é possível proteger os colaboradores e garantir o cumprimento de todas as medidas de Saúde e Segurança do Trabalho, além de obter uma análise de riscos mais eficiente.

No pós-pandemia, essa mudança deve se manter, pois economizar tempo e proteger os trabalhadores é uma tendência que a pandemia não evitará. Pelo contrário, será mais um fator para acelerar o processo.

Boas linhas de crédito e lançamentos residenciais

Há algum tempo, foi lançado o programa Casa Verde e Amarela que é um novo programa de habitação social. Simultaneamente, a Taxa Selic continua baixa, o que impacta diretamente nos investimentos. É verificado, portanto, um retorno dos investidores para o setor imobiliário e de construção.  

Além disso, percebe-se uma maturidade maior do setor de construção civil em comparação a outras crises recentes que passamos, como a pós 2014. Na pandemia, quando especialistas esperavam um cenário caótico, o setor da construção civil destravou rapidamente, mantendo o plano para novos lançamentos.

Aumento da concorrência na construção civil pós-pandemia

Apesar de parecer uma contradição, relatos profissionais indicam que houve um aumento da concorrência, especialmente em grandes centros urbanos, com a pandemia. Antes, uma concorrência com outras 2 ou 3 construtoras, agora está variando de 8 até 9 opções para o contratante. Mas o que ajuda a explicar isso?

Em grande parte, temos a própria digitalização dos negócios e a visibilidade que a internet deu para as novas construtoras, que estão aproveitando o momento em que as pessoas estão utilizando ainda mais a internet para fazer negócio para divulgar seus empreendimentos. As novas construtoras, então, se auxiliam das redes sociais e sites de pesquisa (Google, principalmente), que se encarregam de fazer a propaganda a um público direcionado.

A sua construtora deve, portanto, se especializar também nesse novo segmento de mercado.

Sendo assim, a construção civil pós-pandemia consolidará algumas mudanças que já estão ocorrendo no atual mercado. Cabe aos profissionais, empresas e empreendedores do ramo se adaptarem às mudanças e largar na frente de seus concorrentes.

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