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Digitalização na Construção Civil: veja como abandonar o papel

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O mundo está cada vez mais digital. Desde a popularização do computador, entre as décadas de 80 e 00, o processo ganhou uma escala cada vez maior. Iniciou nos países desenvolvidos e logo se espalhou para os países em desenvolvimento. Com a invenção e popularização do smartphone, o processo acelerou ainda mais. Logo, a digitalização na construção civil também se tornou realidade e as empresas do ramo devem construir bases para se preparar para esse fato.

A resposta para a digitalização vem tanto do mercado, isto é, empresas do ramo, quanto do próprio governo. Desse modo, é importante conhecer alguns pontos relevantes sobre o assunto. O que o governo está fazendo em relação ao assunto? Quais são as facilidades que as alterações no projeto digital oferecem em relação ao projeto em papel? Por fim, destacaremos os principais pontos da digitalização na construção civil.

Continue lendo e confira!

O que o Governo está fazendo para digitalizar a construção civil

A digitalização é um processo que está ocorrendo de forma natural na sociedade e no mercado. Após a popularização de tecnologias como computador e internet, o mundo digital se tornou uma ferramenta poderosa para otimização de processos e atividades, como no ramo da construção civil.

Dessa forma, o governo brasileiro, dos estados e município têm realizado esforços em adequar as normas para que a digitalização na construção civil se torne uma realidade. Existem diversas licenças que podem ser encaminhadas para as autoridades competentes, especialmente no que diz respeito às licenças e alvarás. Todavia, é necessário realizar uma consulta particular ao órgão responsável por cada documento.

Muito provavelmente o documento mais impactante é o alvará de construção e licenciamento, concedido pelas prefeituras e que autoriza a obra a começar e continuar. Ele é retirado diretamente na Secretaria Municipal de Urbanismo, por meio de um pedido de alvará, anexando ao pedido o projeto arquitetônico, IPTU, matrícula, além do pagamento de todas as taxas cobradas no processo.

Outros documentos podem ser exigidos, como memorial descritivo, certidões negativas, entre outros. Essa lista varia de acordo com cada município.

Portanto, é necessário se informar com a Secretaria Municipal de Urbanismo do município em que a obra será feita sobre os documentos que devem ser entregues, assim como o modo em que eles devem ser entregues (em papel, de forma digital, ou o dois). Vale destacar que cada vez mais crescem as opções em que obras públicas são pedidas em novas tecnologias, como o BIM.

Facilidade de alterações no projeto digital em relação ao projeto em papel

O projeto de arquitetura e engenharia teve, ao longo da história, uma evolução tecnológica muito grande. Até a era moderna, os projetos de arquitetura não seguiam uma padronização, cabendo aos profissionais representarem de forma intuitiva aquilo que queriam construir, utilizando conhecimento quase exclusivamente empírico em muitos casos (método de tentativa e erro).

Só que isso acaba gerando diversos erros de projeto e as obras precisavam, de forma não muito rara, passar por reformas e readaptações. Com o intuito de padronizar as construções, surgiu o desenho técnico, que corresponde a uma linguagem de projeto para que operadores diferentes consigam executar as obras de forma a reduzir os erros.

No começo e até grande parte do século XX, os desenhos técnicos dos projetos (planta baixa, corte, etc.), eram feitos exclusivamente de forma manual, com lápis, caneta e borracha. Era um processo artesanal, demorado e que exigia uma grande quantidade de mão de obra.

Com a popularização do computador, o desenho técnico eletrônico tornou- se uma realidade e o AutoCad se popularizou em todo mundo. Mas o AutoCad, apesar de ter representado um grande avanço, produzia e produz nada mais além do que as mesmas plantas produzidas ontem, só que de forma digital.

Coube então a novas tecnologias, como a metodologia BIM, que falaremos de forma mais profunda posteriormente, apresentar um novo avanço nesse sentido. A partir de então, não se trabalha mais com plantas e desenhos isolados. Mas com integração das informações em um modelo que envolve todos os aspectos do projeto e obra.

Atualização em nuvem

A nuvem é uma tecnologia revolucionária no que diz respeito ao armazenamento de dados. Antigamente, antes da popularização e aperfeiçoamento do computador, todos os documentos eram armazenados em papel, em grandes armários ou mesmo salas. Em seguida, os computadores passaram a armazenar boa parte da documentação, especialmente relativas à obra (projeto, planilhas, etc.).

Todavia, o armazenamento físico impõe alguns riscos para as empresas e profissionais da área. Se o HD queimasse, por exemplo, arquivos muito importantes poderiam ser perdidos. Além disso, para grandes empresas, era necessário um super armazenamento.

Dessa forma, o armazenamento em nuvem surgiu para facilitar a vida de empresas, incluindo no setor de construção civil, reduzindo a necessidade do armazenamento em equipamentos físicos e resguardando o armazenamento de acidentes. Entretanto, novas necessidades surgiram, como a preocupação em relação à segurança dos dados.

QR Code no canteiro de obras

O QR Code (Quick Responde Code), que em português pode ser expressado como Código de Resposta Rápida, surgiu como uma ferramenta muito importante para agilizar e otimizar processos na construção. Inserindo um QR Code na obra, é possível disponibilizar normas de segurança para que os profissionais verifiquem se elas estão sendo seguidas.

Além disso, é possível disponibilizar outras opções, a nível de projeto, para tirar dúvidas in loco em relação à execução da obra.

Tecnologia BIM

BIM é a sigla para Building Information Modeling ou Modelagem da Informação em português. Representa uma nova tecnologia de projeto, em que é construído um modelo de construção e, a partir dele, podem ser coletadas todas as informações técnicas sobre o projeto, como plantas técnicas, quantitativo de materiais, entre outros.

Com isso, há uma redução bastante satisfatória do número de documentos na obra, pois todas as dúvidas podem ser respondidas por meio de informações extraídas do modelo.

Gestão de documentos

Outro ponto importante quando se fala em redução do papel na construção civil é a gestão de documentos. Ela se utiliza de metodologias e tecnologias para otimizar a gestão dos documentos, especialmente digitais. Contratos com fornecedores, orçamentos, desenhos técnicos, gestão de mão de obra, entre outros, são otimizados.

Sendo assim, a digitalização na construção civil é uma realidade. As empresas devem se adaptar a ela para não ficar para trás e adquirir diferencial competitivo no mercado.

Além de otimizar a gestão, reduzir o uso do papel é importante também para a questão da sustentabilidade, que deve ser buscada no tempo em que vivemos.

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