BLOG

Entenda como funciona o gerenciamento de resíduos na construção civil

Compartilhe essa publicação
Aqui você vai encontrar:

Entre as ações que uma empresa moderna de construção deve adotar, temos o gerenciamento de resíduos na construção civil. Essa exigência ocorre por inúmeras razões, seja por condições legais, economia e até a adequação da indústria da construção aos padrões de sustentabilidade contemporâneos.

Dessa forma, com a finalidade de esclarecer a questão para você, fizemos este artigo sobre o tema. Falaremos sobre o que é gerenciamento de resíduos sólidos e a sua importância, como fazer a gestão de resíduos sólidos, as vantagens e os desafios existentes. Confira! 

O que é gerenciamento de resíduos sólidos

Gerenciamento de Resíduos Sólidos apresenta como objetivo reduzir o volume do refugo gerado, assim como conferir um tratamento adequado a este material. Ademais, apresenta como finalidade conscientizar os responsáveis pela produção do resquícios sobre práticas ambientais corretas de gestão de resíduos sólidos.

Assim, considera-se a não geração deste material, evitando perdas, reutilizando, reduzindo, adotando a reciclagem e dando um destino ambientalmente adequado aos resíduos que não podem ser reaproveitados, minimizando os impactos negativos que estes geram ao meio ambiente.

A gestão de resíduos mais eficientes é baseada na análise do ciclo de vida dos produtos que nada mais é que o registro completo do material por meio das suas fases de vendas, declínio até quando ele é retirado do mercado.

Ademais, é importante levar em consideração uma produção mais limpa, em que os fabricantes estejam atentos quanto aspectos como:

·   Projeto;

·   Seleção de matérias primas;

·   Processo de produção;

·   Consumo, reutilização;

·   Reparo;

·   Reciclagem (3R);

·   Disposição final.

A prioridade para a gestão de resíduos deve optar por técnicas, equipamentos, tecnologias e ferramentas que não geram resíduos ou geram de forma não significativa. Em seguida, a preferência é pela redução da produção de resíduos, otimizando e maximizando a eficiência de processos para que se gere a menor quantidade possível de refugos. 

Posteriormente, na lista de prioridades, apontamos a reutilização. Isto é, o uso de matéria já utilizada para a mesma finalidade O reuso de materiais deve ser feito de acordo com as particularidades presentes em cada obra.

Na sequência, temos a reciclagem, que é a busca por maneiras de viabilizar economicamente, além de buscar por técnicas para tratar perdas em processos, sobras e transformar os materiais em novos produtos ou dar outro uso para eles. Em seguida, temos o tratamento, que consiste em tratar os resíduos por meio de técnicas de compostagem, aproveitamento energético, recuperação, entre outros.

Por fim, temos o rejeito, que é quando não há como optar por nenhuma das soluções apresentadas anteriormente. Dessa forma, é necessário buscar por um destino adequado para os resíduos sólidos, além de tratamento para que ele chegue ao destino da forma menos prejudicial possível ao meio ambiente.

Assim, é importante observar as normas operacionais, evitando danos ou riscos à segurança, saúde pública ou meio ambiente.

O gerenciamento de resíduos sólidos não é uma exclusividade da indústria da construção civil. Existem uma série de empresas que precisam, obrigatoriamente, desenvolver uma estratégia para lidar com a questão e, nela, está incluída a construção civil. Assim, para determinar isso, temos a Política Nacional de Resíduos Sólidos.

A Política Nacional de Resíduos Sólidos

A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) é a Lei 12.605, que foi sancionada no dia 02 de agosto de 2010. Corresponde a um importante instrumento de política ambiental, que traz inúmeros benefícios para a sociedade e empresas.

A lei estabelece diferentes instrumentos, diretrizes e regulações para que os setores públicos e privados lidem com a questão dos resíduos sólidos. Por meio da PNRS é exigido que as organizações sejam transparentes com o gerenciamento dos resíduos.

A Lei apresenta, ao todo, 15 objetivos, que são:

·   Estímulo ao consumo sustentável e rotulagem ambiental;

·   Não geração, redução, reutilização, reciclagem e tratamento dos resíduos sólidos, assim como dar um destino ambientalmente adequado aos rejeitos;

·   Proteção da saúde pública e da qualidade ambiental, que afeta a empresa, entorno da empresa e toda a sociedade;

·   Adoção, desenvolvimento e aprimoramento de tecnologias verdes como solução para minimizar impactos ambientais;

·   Estímulo à adoção de padrões sustentáveis de produção e consumo de bens e serviços;

·   Incentivo à indústria da reciclagem, com finalidade de fomentar o uso de matérias-primas e insumos derivados desse processo de transformação;

·   Redução da periculosidade e volume de resíduos perigosos;

·   Gestão integrada de resíduos sólidos;

·   Capacitação técnica continuada na área de resíduos sólidos;

·   Cooperação técnica e financeira entre o poder público e o setor empresarial para gestão integrada de resíduos sólidos;

·   Regularidade, funcionalidade, continuidade e universalização da prestação de serviços públicos de limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos;

·   Prioridade na aquisição de produtos reciclados ou recicláveis pelo poder público;

·   Integração dos catadores de materiais no processo da gestão de resíduos;

·   Estímulo da avaliação do ciclo de vida do produto;

·   Incentivo ao desenvolvimento de gestão ambiental e empresarial.

Como fazer o gerenciamento de resíduos na construção civil

O construtor deve apresentar, sempre ao iniciar uma obra, o Projeto de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil (PGRCC) do empreendimento ao órgão fiscalizador.

A fiscalização, por sua vez, ao término da obra, deve comparar a quantidade estimada de resíduos com a que foi gerada de fato. Isso é feito por meio dos documentos da empresa e da entidade contratada para coleta do material.

O conteúdo do PGRCC deve abordar sobre insumos previstos para obra e os seus aspectos construtivos, prognóstico da geração de resíduos e proposições de soluções para manuseio adequado. Entre os principais cuidados, que se devem tomar na elaboração do plano, destacamos o processo, que é um processo de segregação que facilita a triagem dos resíduos para futuro descarte ou mesmo reciclagem.

Em seguida, é importante ficar atento quanto ao descarte. Isto é, definir o local para despojamento de cada tipo de resíduo, assim como identificar a sua categoria e especificação.

A terceira dica é referente a dupla confirmação, que corresponde a parte estratégica do gerenciamento de resíduos na construção civil. Como o nome sugere, é necessário fazer a checagem, antes de enviar os resíduos para a empresa especializada, conferindo se aquele material deve mesmo ser descartado.

Vantagens do gerenciamento de resíduos sólidos

As vantagens do gerenciamento de resíduos na construção civil são muitas, como aumento da economia, redução do desperdício de material, inclusão de uma política mais sustentável para a empresa, melhora na imagem da empresa perante o mercado, entre outros.

Desafios da gestão de resíduos sólidos na construção

Os principais desafios relacionados ao gerenciamento de resíduos sólidos na construção estão no desconhecimento de grande parte das empresas e profissionais a respeito desse mecanismo de gestão. Por isso, é importante conhecer as leis e se atualizar quanto ao tema.

Sendo assim, o gerenciamento de resíduos na construção civil é fundamental para adequar o setor às exigências modernas de sustentabilidade e preservação do meio ambiente. Além de uma ótima oportunidade de implementar ações de gestão mais eficientes em seu canteiro de obras.

E agora que você já sabe o que é o gerenciamento de resíduos sólidos na indústria, que tal conferir dicas para otimizar o depósito de material de construção e evitar o desperdício?

Compartilhe essa publicação